sábado, 30 de maio de 2009

Free MP3 Download: vilão ou mocinho?


É um processo praticamente incontrolável: os computadores possuem a tecnologia necessária para a transferência das músicas de um CD para um computador. Uma vez no computador, essas músicas podem ser facilmente mais uma vez transferidas, dessa vez para a rede. Já na Internet, são disponibilizadas para downloads por qualquer pessoa que deseja ouvi-las, sem a necessidade de ter comprado o respectivo CD para isso. Isso não acontece somente com o meio musical, mas também com filmes e seriados, que uma vez gravados são facilmente disponibilizados para downloads na Internet.

O assunto é polêmico. As grandes gravadoras e estúdios de cinema do mundo reclamam que não há uma legislação para conter esse processo, argumentando queda na venda de cópias originais de CD’s, DVD’s, etc. Se defendem dizendo que esse processo constitui o crime de pirataria e desvaloriza o trabalho não só de cantores, bandas, produtores, roteiristas, atores, diretores, câmeras, etc. mas também da inúmera rede de emprego que se liga indiretamente a essas grandes empresas. Não só a grande indústria cultural se sente desvalorizada. Cantores e bandas iniciantes e gravadoras independentes também perdem a chance de crescer na carreira e no mercado cultural.

Por outro lado, repito, esse processo é praticamente incontrolável. Como impedir que as pessoas disponibilizem e baixem arquivos de música e cinema em uma rede que contém milhões de servidores e programas de downloads? Como regulamentar uma lei que combata a pirataria sem que se vigie tudo que os usuários fazem ou deixam de fazer enquanto navegam?

No Brasil, a APCM (Associação Antipirataria de Cinema e Música, financiada por grandes gravadoras como Universal, Warner e Sony) lutou para fechar a comunidade “Discografias”, a maior do Orkut para a troca de músicas ilegalmente, contando com mais de 1 milhão de membros. Fechou. Pouco tempo depois, a ironicamente intitulada “Discografias – O Retorno!” já conta atualmente com 260.000 membros.

Na França, o partido governista de Nicolas Sarcozy instituiu no país uma lei que corta a conexão de qualquer indivíduo que faça downloads de músicas e/ou filmes protegidos sob direitos autorais. É uma das legislações mais extremistas de todo o mundo em relação ao assunto, sendo apoiada por grandes artistas e empresários do entretenimento. Os críticos, no entanto, se preocupam com o potencial invasivo do Estado monitorando os cidadãos, além de considerarem a aplicação técnica da lei praticamente impossível.

Os que defendem a troca desses arquivos livremente na rede, se apóiam nos argumentos do direito que qualquer indivíduo tem de ter acesso fácil à cultura; da não relação com qualquer tipo de vantagem financeira sobre o material; do intuito de contribuição para a cultura e entretenimento e até mesmo dos downloads como meio de divulgação dos próprios artistas. Defendem que muitos artistas tem seus trabalhos (re)conhecidos graças à internet, e a partir desse (re)conhecimento os novos fãs passam a comprar o material original. Percebe-se então que a lógica inverte-se, tendo os downloads na rede como “propagandas” do material original, e não como “vilões” desses materiais.

Percebeu como é complicado? Existem pontos de vista distintos, entretanto ambos os lados possuem argumentos plausíveis. O que se percebe é que a proposta de combater com extremismo esses downloads é utópica, uma vez que não há nenhuma técnica precisa para fiscalizar a rede sem que isso interfira na privacidade de navegação do indivíduo. É necessário um consenso entre esses lados, para que a Internet seja mais um complemento para o sucesso da indústria audiovisual e fonográfica, e não uma vilã.


Felipe

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Exclusão digital


A Internet, que era praticamente inexistente há uma década, hoje está presente no cotidiano das pessoas e empresas. A parte da sociedade que não tem acesso a essa forma de comunicação se encontra em incrível desvantagem em relação às pessoas conectadas, já que essas possuem um leque de oportunidades e inúmeras perspectivas que somente a Internet, por ser um espaço aberto e de alcance extremo, pode oferecer.

No Brasil, há um processo crescente de disseminação de computadores com acesso à Internet por todo seu território, incluindo favelas, tribos, e comunidades, entretanto, é válido ressaltar que o computador não é como o telefone, que está inserido na categoria "inclusivos para analfabetos", ou seja, para o uso da Internet, a instrução é elemento imprescindível. Sendo assim, a barreira existente não é espacial, nem física. A barreira é social, está na educação, no nível de instrução da população. Dessa forma, chegamos mais uma vez ao grande impasse da sociedade brasileira: a desigualdade social e suas consequências.

As políticas públicas podem aproveitar as novas tecnologias para melhorar as condições de vida da população e dos mais pobres, mas a luta contra a exclusão digital visa sobretudo encontrar caminhos que diminuam seu impacto negativo sobre a distribuição de riqueza e oportunidades. Os estudos estatísticos existem, entretanto, não conseguem mostrar com clareza o abismo existente entre os incluídos digitalmente e os não incluídos. Esse fenômeno acontece porque o fato de ser incluído nessa nova sociedade digital ultrapassa a ideia de se ter um computador com acesso à rede. Ou seja, vários outros fatores, tais como a qualidade do acesso, velocidade da conexão e custo e tempo disponível para tal acesso, por exemplo, são essenciais para poder se afirmar um indivíduo como usuário.

O valor efetivo da informação depende da capacidade dos usuários de interpretá-la. Informação só existe na forma de conhecimento. Portanto, combater a exclusão digital supõe enfrentar a exclusão escolar. E sendo assim, as escolas e as políticas públicas pedagógicas são instrumentos centrais para a sociabilização das novas gerações na Internet. Se o objetivo da Internet é democratizar informação, para que isso ocorra, é necessário mais do que democratização de acesso. É necessária a democratização da educação.
.
Raíssa

domingo, 24 de maio de 2009

Acesso irrestrito


As inovações tecnológicas têm ocorrido com tamanha velocidade que já é praticamente impossível manter-se atualizado. Aquilo que foi lançado há um ano não é mais considerado algo novo, tornando-se ultrapassado na medida em que novos aparatos são lançados, cada dia com mais funções e especificações. Celulares não têm mais a função específica de fazer ligações, transformaram-se em verdadeiras máquinas com acesso à Internet, músicas e até mesmo com TV.

Já não é novidade nenhuma que a tecnologia evolui de maneira espantosa e que a Internet provocou uma verdadeira revolução no mundo. É verdade que o acesso à Internet ainda é restrito, mas essa realidade está se transformando à medida que o custo diminui e as formas de acesso se tornam cada dia mais diversificadas e simplificadas, como por exemplo, a mais nova forma de acesso à Internet chamada wi-fi, que já foi exposta e explicada em posts anteriores.

Os novos projetos de criação das chamadas “cidades digitais” visam tornar o acesso à Internet maior e mais homogêneo, permitindo aos cidadãos dos municípios acesso gratuito às informações dos governos, que são disponibilizadas em sites. Com a popularização da Internet e o acesso desenfreado a todo e qualquer tipo de material exposto na rede, discute-se muito sobre os malefícios e benefícios da mesma.

A veracidade das informações expostas também pode ser questionada, levando em conta que qualquer pessoa pode postar em blogs e sites. Portanto, a chave para se conseguir ter um acesso saudável e proveitoso à rede é saber filtrar bem as fontes de informação. Outro fator também discutido é o tipo de conteúdo existente na rede, as chamadas sociedades de rede, em que diferentes pessoas se identificam pelo tipo de assunto pelos quais se interessam, variam muito. Desde materiais erotícos, passando por pedofilia, política, música, religião, chegando a assuntos como suicídio e até mesmo nazismo.

Essas sociedades de rede ajudariam a disseminar as idéias? Seriam uma forma de unificação entre aqueles que se identificam com os assuntos e assim servindo como forma de atuação para os mesmos na sociedade? Teriam o papel decisivo na vida e nos atos de participantes? Até que ponto elas influenciam as mentes e atos dessas pessoas? A influência da Internet na vida de seus usuários é muito discutida, assim como o acesso desenfreado aos conteúdos expostos. Cabe, portanto, a cada usuário o papel de filtrar e discernir entre o que é proveitoso ou não.


Bárbara

quinta-feira, 21 de maio de 2009

As cidades digitais


As autoridades públicas, locais e nacionais de todo o mundo têm incentivado a criação das chamadas Cidades Digitais. Segundo o site Guia das Cidades Digitais, tal modernização se conceitua por "municípios que contam com programas que utilizem os recursos das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) visando estabelecer um ambiente digital para modernização da gestão pública; empreendedorismo e desenvolvimento econômico; e prestação de serviços aos cidadãos".

Tal projeto visa garantir o acesso a Internet, tanto individual como público, para toda a população dos municípios com a utilização de toda uma infra-estrutura e tecnologia de baixo custo. Com isso os cidadãos poderão ter acesso à serviços como Atendimento de Saúde, Turismo, Polícia, Bombeiros e Recolhimento Volante de Imposto da Prefeitura sem nenhum custo.

Tecnologias como Wi-Fi (internet sem fio), WiMesh (rede composta por várias antenas em que quanto mais usuários estão ativos mais eficiente é a transmissão) e Wi-Max (internet sem fio que tem o alcance de até 50km) proporcionarão uma inclusão digital em larga escala.

A partir dessa aproximação gratuita à Internet a população poderá ter em mãos informações de todo o mundo sendo possível assim sua maior participação no governo via web, já que são disponibilizados nos sites do governo informações e os serviços prestados ou devidos aos cidadãos.O desenvolvimento econômico no ciberespaço será possível, já que com digitalização do comércio são oferecidos aos clientes serviços on line facilitando assim compras de produtos, turismo e negociações de empresas à todos que necessitarem.

Algumas cidades digitais funcionam na Internet e são representações de uma cidade originalmente existente. Um exemplo é a cidade de Amsterdã chamada de Digital Stad, que possui 50 mil habitantes. Para a aproximação da população com o governo associaram-se à iniciativa o governo local de Amsterdã e o Ministério da Economia e do Interior criando uma infovia. Para tanto moradores como habitantes é possível o acesso virtual a vários lugares da cidade e o relacionamento com outras pessoas. Na cidade todos os moradores têm direitos e deveres, devem respeitar as leis, sendo possível a participação política e o desenvolvimento econômico.

Através de ações como o projeto de Cidades Virtuais vamos caminhando para a ciberdemocracia e o desenvolvimento de novas tecnologias da Internet.


Serena

quarta-feira, 20 de maio de 2009

O que é Wi-Fi?



“Wi-Fi” significa “wireless fidelity” e é, basicamente, uma Internet sem fio que permite ao usuário se conectar à mesma sem o uso das parafernálias geralmente necessárias para isso. No lugar dos fios são utilizadas ondas de rádio em freqüências especificas. O sistema é simples e discreto, utilizando-se de uma comunicação parecida com a utilizada em rádios emissor-receptor. É necessário um adaptador sem fio, que traduzirá os dados na forma de sinais de radio e os enviará através de uma antena para notebook, celular, ou qualquer outro dispositivo capaz de captar esses sinais e decodificá-los.
Esse recurso recente reforça a idéia da inf
ormática nômade que começou com a criação de pequenas redes, cuja expansão foi inevitável devido á praticidade, acessibilidade, entre outros fatores positivos da internet sem fio. Primeiramente e principalmente para empresas, mas hoje são comuns em shoppings, cafés, aeroportos, restaurantes, hotéis, livrarias e muitos outros estabelecimentos; nos chamados hotspots ou WLAN (regiões de internet sem fio). Na Europa e Estados Unidos da América tenta-se a instalação de uma rede sem fio por toda uma cidade.
Apesar de parecerem “perfeitas” as redes Wi-Fi também têm seus riscos, por exemplo, ao se conectar a uma rede como essa o aparelho (notebook, celular, palmtop, etc.) e o adaptador trocam dados via rádio que podem ser captados por outros aparelhos que poderão assim ler as mensagens sendo trocadas. Apesar disso esse novo tipo de rede é mais barato (pois trabalha com faixas de freqüências que não necessitam de licenç
a para instalação e/ou operação), mais prático (não necessita de fios ou afins) e oferece, na maioria dos casos, Internet rápida e de qualidade a um maior número de usuários ao mesmo tempo; além de se tornar um bom chamariz para clientes em estabelecimentos comerciais.
Sem dúvida é um grande avanço tecnológico do qual devemos usufruir, mas principalmente saber usufruir. Um exemplo do bom uso desse novo recurso é a utilidade que o mesmo teve no desastre do tsunami, que atingiu o continente afric
ano e o asiático deixando muitas vítimas. Juntamente com celulares e blogs as redes Wi-Fi foram de grande ajuda na circulação de informações sobre o maremoto e possibilitaram, também, a ajuda para as vitimas (diretas e indiretas) da tragédia.
Outra visão interessante sobre as wireless é a comentada no site do Estadão
. A matéria comenta o quanto se tornam pouco úteis os minicomputadores sem a Internet conectada a eles, ressaltando a importância e utilidade das redes sem fio; afinal, o que poderia ser melhor do que conectar-se ao mundo de qualquer parte dele (literalmente)?


Vanessa

domingo, 17 de maio de 2009

A dinâmica da chamada "Sociedade em Rede"


Sociedade em rede e sociedade da informação são termos que, à primeira vista, parecem extremamente envoltos em floreios intelectuais. Mas até que ponto eles estão realmente restritos aos livros?

Ouso dizer que é bastante pequena a parcela desses termos que fica restrita ao academicismo. Podemos não saber, à primeira vista, conceituar ou exprimir em palavras o que de fato eles significam. Mas, seja pela experiência ou por mera captação dos sentidos, temos a mais profunda noção de seu significado, pelo simples fato de que vivemos numa sociedade em rede e da informação.

Prova disso é um fenômeno (relativamente) recente. E se você, caro leitor, espera por algo muito tecnológico ou avançado, provavelmente se frustará. A prova a que me refiro foi uma catástrofe que, embora tendo ocorrido num local distante (geograficamente falando-se) do mundo ocidental, mobilizou-o de forma a comprovar os termos citados no início desse texto: as tsunamis.
Como o desastre mais rapidamente socorrido da história, não se pode deixar de lado o papel absolutamente relevante da tecnologia nesse acontecimento. Em especial, a Internet, através de blogs, vlogs e Wi-fi, desempenhou papel de inegável importância. De diversas formas, essas ferramentas, aliadas à criatividade de seus criadores e usuários, serviram para conectar, grosseiramente falando-se, o local atingido, onde a maioria dos meios de comunicação tradicionais estavam inutilizáveis, ao restante do mundo, que promoveu, através desses meios, uma intensa mobilização para ajuda das vítimas.

Estamos falando de tempos em que não mais usamos meras tecnologias que nos permitem uma ampla conexão "de todos com todos". Estamos falando agora de um mundo de uma ampla conexão "de todos com todos" móvel. Não estamos mais fixos ao chão. A mobilidade da liberdade de expressão, da liberdade de interação é também física.

Quais as implicações disso? O próprio evento dos maremotos nos mostra. Ao se valer de todo esse aparato para ajuda mútua, do local atingido para o resto do mundo e vice-versa, os usuários dessas tecnologias e dessas possibilidades demonstraram um grande senso de responsabilidade social.

Essa parece ser a mensagem chave do evento. E parece também ser uma das funções mais destacáveis da Internet, não coincidentemente a conclusão do primeiro texto dessa página. O poder que a Internet nos dá é destacadamente o da mobilidade e o da mobilização. Mas acima de tudo, a intenção com que se usará esse poder é que denotará seu papel na rede. Temos tido exemplos de utilizações nefastas e de utilizações maravilhosas da sociedade em rede. A consciência da responsabilidade para com o mundo e para com a sociedade guiou aqueles que tanto ajudaram na catástrofe das tsunamis. E a sua consciência, usuário? Para o que você tem usado seu poder?

Luciano

BEM VINDO!


Os tempos mudam a uma velocidade que escapa, muitas vezes, aos nossos sentidos. Não o tempo do relógio. O tempo da vida. O tempo em que se vive. As tecnologias evoluem de tal modo que o que nos parecia novo há um ano já é, atualmente, ultrapassado. Tudo encaminha-se dentro de um processo histórico não tão recente como o caráter efêmero da tecnologia nos faz crer.

Qual capitalista dos tempos de Napoleão ou da rainha Vitória imaginaria que o desenvolvimento nos permitiria, sem nos perdermos em inumeráveis exemplos tecnológicos, viver num mundo como o de hoje? E no entanto, a idéia do progresso e da tecnologia não lhes seria estranho. A sensação da evolução não significa para ninguém do século XXI mais que uma herança, embora nossos sentidos teimem em nos mostrar a nós mesmos como seus pais.

Quem nunca deu uma risada dos brinquedos tecnológicos dos próprios pais que atire a primeira pedra. É a lógica de nossos dias. Nossa percepção é ambientada no mundo da velocidade, da inovação, da transformação. Se isso é bom ou ruim, não nos parece caber o julgamento. Ele é antes de tudo individual.

É nesse ambiente que nasce e se desenvolve (e continua se desenvolvendo) a Internet. Direta e indiretamente ela deve sua existência a toda essa lógica e a todo esse processo. E é nessa lógica e nesse processo que ela ganhará o corpo e as funções que lhe são atribuídas em nossos dias. E chegará até esse blog.

Como um trabalho de universitários, esclarecemos desde já que por razões óbvias não poderemos nos dedicar a análises profundas acerca da internet. O foco desse trabalho é, no âmbito da aprendizagem, uma maior familiarização com aquilo de que trataremos no decorrer de sua existência. Como objetivo pessoal, procuraremos nos dedicar à produção de um material interessante na medida de nossas possibilidades, e bem respaldado em conceitos acadêmicos e científicos. Não haverá, pois, o olhar de cientistas ou grandes intelectuais sobre o fenômeno da Internet. Haverá o olhar de usuários dela que procurarão expressar suas opiniões, sempre que coerentes e bem fundamentadas.

Fica aqui o convite. Navegue por nossas matérias e conheça um pouco mais essa ferramenta tão utilizada por nós. Seja bem-vindo e fique à vontade para interagir conosco.

Andressa, Bárbara, Felipe, Laura de Paula, Luciano, Raíssa, Sarah, Serena, Vanessa e Vinícius.